O deputado estadual de Pernambuco Alberto Feitosa (PL) mostrou um boneco do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com o corpo de um mosquito Aedes aegypti em discurso na sessão desta quinta-feira, 21. Ao criticar o avanço da epidemia de dengue no Estado, exibiu o objeto no plenário da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) e chamou o petista de “presidengue”.

“A cara da dengue no Brasil tem um rosto. Vou mostrar para os pernambucanos e o Brasil o ‘presidengue’. Está aqui a cara da dengue no Brasil para todo o Brasil e Pernambuco ver. Essa é a cara, a cara do presidente Lula, que está, sim, abandonando os prefeitos e os governadores”, afirmou o deputado estadual.

De acordo com a assessoria do parlamentar, o boneco foi encomendado por Feitosa e confeccionado por um artista que prefere não se identificar. A peça custou R$ 300 e, segundo o gabinete do deputado, foi paga com dinheiro próprio.

Durante o discurso no plenário da Alepe, Feitosa afirmou que o governo federal não tomou providências para prevenção da doença. “Lula tinha que dar as mãos para os prefeitos e socorrer isso”, disse.

Até esta quarta-feira, 20, o Brasil registrou 1.978.372 casos prováveis de dengue. Neste ano, o País superou o recorde anterior, de 2015, quando 1.688.688 casos foram confirmados. As informações são do Painel de Arboviroses, do Ministério da Saúde.

Também foram confirmados 656 óbitos em todo o país, com outros 1.025 sendo investigados pela pasta. Até o momento os Estados do Acre, Amapá, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e o Distrito Federal declararam estado de emergência.

Nesta quarta, o Ministério da Saúde informou que tem oferecido apoio financeiro aos Estados e municípios que decretaram emergência em saúde pública por causa da dengue ou outras crises sanitárias. Até o momento, segundo a pasta, foram destinados R$ 79 milhões.

“Os recursos são provenientes de portaria destinada para medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública em situações que podem ser epidemiológicas, de desastres ou de desassistência à população. Para receber o valor, o Estado ou município deve enviar ao governo um ofício com a declaração de emergência em saúde. Os repasses serão mensais durante a vigência do decreto de emergência”, diz o texto divulgado pela pasta.

De acordo com a ministra Nísia Trindade, o foco principal do governo federal é o controle e o combate à doença através de políticas de contenção ao mosquito. “Temos de dar atenção prioritária e impedir os casos graves ou fazer com que eles sejam tratados adequadamente”, disse.

Fonte: Estadão

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