O governo federal discute com o Congresso Nacional cerca de R$ 3 bilhões para recompor pelo menos uma parte dos mais de R$ 5 bilhões em emendas parlamentares vetadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A intenção é fazer com que o veto presidencial às emendas de comissões permanentes não seja totalmente derrubado na próxima sessão conjunta do Congresso, que deve acontecer ainda neste mês.

Articuladores do Planalto e da base estão dispostos a trabalhar com uma margem de negociação aproximada em 3 bilhões de reais, que pode ser mais estreita ou ampliada — 2,8 bilhões a 3,6 bilhões — a depender da contrapartida.

O tema tem sido tratado com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), bem como líderes partidários. A ideia é contemplar as duas Casas.

Como compensação, o governo quer apoio maior de parlamentares à agenda econômica do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que tem sofrido derrotas no Congresso, como a retomada da desoneração de 17 setores da economia e de municípios.

Nos bastidores, lideranças da base apontam a força que o governo terá no cenário da eleição do próximo presidente da Câmara, o sucessor de Arthur Lira.

Apesar de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dizer que não se envolverá diretamente na disputa, as articulações, deste ano, podem ter impacto na escolha do candidato que terá maior respaldo do Planalto.

A expectativa é que haja mais reuniões em torno da recomposição das emendas parlamentares a partir da semana que vem.

Na prática, os deputados federais estão em uma espécie de recesso branco por causa do prazo-limite da janela partidária. Já o Senado, deve trabalhar normalmente.

Nesta segunda-feira (1º), o relator do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias para este ano, deputado Danilo Forte (União Brasil-CE), disse que já há uma ideia de se “suplementar a Lei Orçamentária Anual no que diz respeito aos R$ 5,6 bi que ficaram pendentes entre a proposta orçamentária aprovada no final do ano passado e os vetos que foram feitos à LOA deste ano”.

A fala de Danilo Forte ocorreu após reunião com representantes da Secretaria de Relações Institucionais, responsável pela articulação política entre o Planalto e o Congresso.

Fonte: CNN

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