Feira de Santana, considerada a segunda maior cidade da Bahia, localizada a 100 km de Salvador, registrou uma média de 28 assassinatos por mês, entre janeiro e abril deste ano. No domingo (12), quatro homens apontados como chefes de facções criminosas do município foram transferidos da penitenciária local para o Presídio de Segurança Máxima de Serrinha.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), eles também são investigados como responsáveis pelo comando dos homicídios ocorridos na cidade nos últimos dias. Foram cumpridos ainda quatro mandados de busca e apreensão, nas celas, onde foram apreendidos celulares, assessórios de telefone e facas.

Segundo as investigações, os homens transferidos para Serrinha mandaram matar rivais e orquestraram os ataques, que resultaram nas mortes registradas no município na última semana. O objetivo seria ampliar território de atuação das facções.

Segundo a Polícia Civil da cidade, 113 mortes foram registradas durante o período.

Na última sexta-feira (10), três homens foram mortos a tiros, enquanto bebiam, na frente de um mercado. O triplo homicídio aconteceu no bairro Rua Nova. Três suspeitos armados chegaram em um veículo, atiraram contra as vítimas e fugiram.

Além do triplo homicídio no bairro Rua Nova, outras cinco mortes foram registradas em Feira de Santana, entre sexta-feira (10) e sábado (11), nos bairros Pampalona, George Américo, Queimadinha, Pedra Ferrada e no distrito de Humildes. As vítimas tinham entre 18 e 37 anos.

No fim do mês passado, sete jovens foram mortos em diferentes pontos da cidade, em 48 horas. Os crimes aconteceram entre 27 e 29 de abril.

Todos os casos são investigados pela Delegacia de Homicídios (DH/Feira de Santana) da cidade, que até então não confirma relação entre todos os crimes. Na maioria dos assassinatos, os suspeitos chegaram de carro e atiraram contra as vítimas. Ninguém foi preso até o momento.

No mesmo período em 2023, foram registrados 129 mortes, enquanto 101 foram registradas em 2022. Nestes números estão contabilizados homicídios, latrocínios, feminicídios e legítima defesa.


Fonte: G1 / Foto: Reprodução

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