Os servidores estaduais da saúde fazem ato nesta sexta-feira, 24, em frente ao Hospital Geral do Estado (HGE). A categoria tenta mobilizar os trabalhadores da unidade, que já trabalham com escala de greve.


Em greve, servidores da saúde fazem ato no HGE


"A paralisação no hospital é parcial. Eles estão reduzindo o número de funcionários, mas não pararam totalmente, até porque a diretriz do sindicato é não parar o serviço de emergência", explica Aladilce Souza, diretora do sindicato da categoria (Sindsaúde) e vereadora de Salvador.


Após o ato, o grupo segue para assembleia nesta manhã no auditório da faculdade Visconde de Cairu, nos Barris.

Reivindicação


Os funcionários públicos mantêm a cobrança de que o governo retome o pagamento de insalubridade de cerca de 1.500 servidores que tiveram o benefício cortado em junho.


"O governo diz que fez um estudo, mas não apresentou parecer que sustente o corte do pagamento que é feito, em alguns casos, há mais de 30 anos. A concessão foi feita por meio de laudo, teve toda uma tramitação e passou pela PGE (Procuradoria Geral do Estado). Então, não há irregularidade. A ilegalidade é o corte", rebate Aladilce, em relação ao argumento do governo de que o pagamento do benefício seria ilegal.

Em greve, servidores da saúde fazem ato no HGE


O sindicato ainda destaca que a maioria dos trabalhadores que tive o pagamento cortado é da área de atendimento direto aos pacientes, como técnicos de enfermagem. Além disso, ela lembrou que os demais servidores também acabam tendo contato com doentes ou com materiais contaminados, o que justificaria a insalubridade.


Além da reclamação do corte, os servidores também pedem melhorias nas condições de trabalho e regulamentação do Plano de Carreira, Cargos e Vencimentos (PCCV). O governo argumenta que mantém diálogo aberto e propõe a retomada da discussão sobre possíveis ajustes no PCCV e criação de fórum para debater as condições de trabalho.

Ilegalidade


A Justiça considerou a greve da categoria ilegal e estabeleceu multa de R$ 50 mil diários em caso de descumprimento. Mesmo assim, os trabalhadores mantêm o movimento. Durante a greve, os servidores colocaram 30% do efetivo atendendo os casos de urgência e emergência.


Em greve, servidores da saúde fazem ato no HGE

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