O policial militar Ubiratan dos Santos Borges, 33 anos, morreu por volta das 3h20 da madrugada desta terça-feira (27), no Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), em Feira de Santana. Ele estava internado desde o último sábado (24) após ter sido baleado pelo policial rodoviário federal Hamilton Safira Andrade Segundo, durante uma discussão em um estabelecimento comercial em Euclides da Cunha.


Morre PM que trocou tiros com PRF após discussão


Hamilton também foi baleado pelo policial e morreu no mesmo dia a caminho do HGCA. Ambos foram socorridos inicialmente para o Hospital Municipal de Euclides da Cunha e em seguida transferidos para o hospital de Feira de Santana.


Morre PM que trocou tiros com PRF após discussãoO policial militar foi alvejado por quatro tiros disparados pelo PRF, que foi atingido por um tiro quando o militar revidou os disparos, conforme já noticiado pelo Acorda Cidade. A polícia está investigando o caso e analisando imagens de circuito de segurança. De acordo com o delegado Miguel Vieira, coordenador regional de polícia de Euclides da Cunha (25ª Coorpin), testemunhas já foram ouvidas e uma delas afirmou que o policial militar estava desarmado quando a discussão começou.


“O PRF estaria com parentes dele neste estabelecimento comercial e houve um desentendimento entre um policial militar com uma pessoa que estava embriagada e um promotor foi socorrer a pessoa que havia sido agredida pelo policial, neste momento quando o promotor se abaixou para verificar a pessoa que estava no chão, o policial foi saindo do carro e o PRF levantou-se e nós não sabemos o que foi dito. As pessoas não souberam informar se o PRF teria dito algo para o PM. No entanto, houve em seguida uma troca de tiros e foram ao chão.O policial rodoviário federal infelizmente veio a óbito [e agora o policial militar]. Nós estamos analisando as imagens para tentar melhor descrever o que realmente aconteceu. Segundo informações de uma testemunha principal, que é o dono do estabelecimento, ele afirma que o policial militar estava desarmado, e que o policial teria se dirigido ao carro e ao abrir a porta do carro teria sido atingido. Estamos verificando essa informação através das imagens que enviamos para o Departamento de Polícia Técnica (DPT). A defesa do PM deverá alegar legítima defesa”, informou o delegado ao Acorda Cidade.


Hamilton atuava na PRF há dez anos e morava em Feira de Santana. Natural de Salvador, Ubiratan entrou na Polícia Militar em abril de 2008, morava em Irará, e trabalhava no 5º Batalhão da Polícia Militar de Euclides da Cunha. Ele também já trabalhou em Feira de Santana na 64ª Companhia Independente (CIPM).



A PRF


Em nota de pesar envia ao Acorda Cidade, a Polícia Rodoviária Federal informa que “levantamentos preliminares, confirmam que o PRF estava reunido, na madrugada de sábado (24), com um familiar no centro da cidade de Euclides da Cunha/BA, quando presenciaram um homem sendo agredido por outro, ambos desconhecidos. Imediatamente o familiar do policial resolveu interceder em socorro ao agredido, que encontrava-se inconsciente no chão devido às agressões sofridas. O agressor, então, deixa o local em direção ao seu veículo particular, onde pega uma arma de fogo. O PRF Hamilton, antevendo o risco à segurança e seguindo a doutrina pregada dentro da Polícia Rodoviária Federal e da maioria das forças de segurança pública, visualiza o homem desconhecido com a arma de fogo, nesse momento se identifica como policial, sacando também sua arma de fogo. Após rápida troca de disparos, ambos terminaram alvejados. As duas vítimas foram socorridas e encaminhadas ao Hospital Geral Clériston Andrade – Feira de Santana, onde o PRF Hamilton Safira veio a falecer devido à gravidade do ferimento. O agressor, que posteriormente foi identificado como integrante da Polícia Militar do estado da Bahia, permanece internado em estado grave. As demais circunstâncias que envolvem esta fatalidade entre dois profissionais de segurança pública estão sendo apuradas pelas áreas competentes deste órgão e também por meio do inquérito policial instaurado”.


Acorda Cidade

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