Ex-ministros de Lula e Dilma devem estar no primeiro escalão do governo Temer


Casa Civil - Eliseu Padilha (PMDB-RS) – é um dos principais articuladores de Michel Temer. Foi deputado federal e ministro da Aviação Civil do Governo Dilma.


Planejamento - Romero Jucá (PMDB-PE) – senador e articulador de Temer. Seria uma ponte do provável presidente com o Senado e com Renan Calheiros. Foi líder do Governo Dilma e Lula na Casa. É investigado no Supremo por seu eventual envolvimento na compra de medidas provisórias.


Secretaria de Governo - Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) – Foi ministro de Lula. Se afastou do PT quando o partido não apoiou sua candidatura ao Governo da Bahia em 2010. Desde então se tornou um ferrenho opositor. É muito próximo a Temer. Seu irmão, o deputado federal Lúcio Vieira Lima, é um dos articuladores da deposição de Rousseff na Câmara.


Fazenda - Henrique Meirelles – ‘queridinho’ do mercado financeiro, foi presidente do Banco Central durante os dois governos do ex-presidente Lula (2003-2010) e é lembrado pelo controle da inflação no período e a precisão para ajustar juros num momento de crescimento econômico.


Banco Central - Ilan Goldfajn, atual economista-chefe do Banco Itaú, é considerado um dos melhores quadros do mercado para a função, e tem o desafio de trabalhar uma política de juros que esfrie a inflação ao mesmo tempo que não iniba novos investimentos.


Justiça - Alexandre Moraes (PSDB-SP), atual secretário de Segurança do Governo de Geraldo Alckmin. Foi advogado de Eduardo Cunha e teria o apoio dele para sentar na cadeira de Ministro da Justiça.


Relações exteriores - José Serra (PSDB-SP), senador da República, foi cotado para assumir as pastas da Saúde e Fazenda, mas deve acabar no Itamaraty. Próximo de Temer, o tucano é um dos maiores aliados do peemedebista dentro do PSDB.


Integração Nacional – Fernando Coelho Filho (PSB-PE) – filho do senador que era ministro dessa mesma pasta nos três primeiros anos da gestão da presidenta Dilma Rousseff.


Cidades - Bruno Araújo (PSDB-PE) – Foi o deputado que deu o voto 342 – número que garantia a vitória do impeachment na Câmara – na votação do impeachment da presidenta na Câmara. Ganhou destaque por ser uma das principais lideranças da oposição.


Comunicações e Ciência e Tecnologia - Gilberto Kassab (PSD-SP) – foi o prêmio de consolação depois de ser desbancado de Cidades, pasta que ocupou durante a segunda gestão de Dilma, e que tem um dos maiores orçamentos do Governo.


Secretaria dos Portos - Helder Barbalho (PMDB-PA) – indicação seria uma premiação por ter concordado em deixar o Governo Dilma assim como para agradar a família Barbalho, que domina o Pará.


Saúde - o deputado paranaense Ricardo Barros, vice-presidente do PP, legenda que estava na base do Governo de Dilma e migrou para o lado de Temer. Entre os projetos que já apresentou na Câmara está o da criação da Frente Parlamentar da Indústria Pública de Medicamentos.


Agricultura – senador Blairo Maggi (PR-MT), bilionário brasileiro, integrante da bancada ruralista, é um dos maiores produtores de soja do mundo. Já entra com a polêmica de ter relatado uma PEC que praticamente propõe o fim do licenciamento ambiental.


Educação e Cultura - Mendonça Filho (DEM-PE) – um dos principais articuladores da oposição na Câmara. Apresentou uma série de requerimentos na Casa para reafirmar os crimes de responsabilidade fiscal da presidenta Dilma. Tem vários projetos apresentados que tratam de “organizações terroristas”.


Minas e Energias - José Carlos Aleluia (DEM-BA) – é próximo a Cunha. Foi um dos enviados por ele para os EUA na ocasião em que Dilma ameaçou denunciar na ONU que “era vítima de um golpe”. No Governo Lula, seu sonho era cassar o presidente.


Transportes - Maurício Quintella Lessa (PR-AL) – Comandou a debandada do PR da base de Dilma. O presidente de honra do partido, o mensaleiro Valdemar Costa Neto, rompeu com ele depois que Quintela se rebelou.


Turismo - Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) – super fiel a Temer. Foi o primeiro peemedebista a deixar a esplanada.


Desenvolvimento Social - Osmar Terra (PMDB-RS) é deputado federal e foi um dos primeiros a anunciar seu desligamento do Governo Dilma quando seu partido rompeu com a presidenta no final de março.


Ministério de Desenvolvimento da Indústria e Comércio (MDiC) -Pode ser extinto, mas tem sofrido pressão para que não seja.


Caixa - entre Gilberto Occhi (PP-SP) – era o ministro da Integração de Dilma até a véspera da votação do impeachment na Câmara – Roberto Derziê Sant'Anna, ex-vice-presidente da Caixa (PMDB).


El País

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