O salão do Tribunal do Júri, no Fórum Ruy Barbosa, em Salvador, será palco nesta quarta-feira, 6, do depoimento mais esperado, o da médica Kátia Vargas, 49 anos, processada pela morte dos irmãos Emanuel Gomes Dias e Emanuelle Gomes Dias, 21 e 23 anos.



Veja o vídeo:


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Cinco testemunhas de acusação foram ouvidas nesta terça-feira, 5, durante o júri de Kátia Vargas. Elas falaram sobre a suposta discussão entre Emanuel e a médica antes do acidente, o momento que o carro e a moto arrancaram e a suposta colisão que causou a morte de Emanuel e a irmã Emanuelle.



Confira o que as testemunhas de acusação disseram:


Filipe Martins de Almeida Souza


Disse que tinha acabado de deixar a mulher no trabalho quando presenciou o acidente. Filipi diz ter ouvido o barulho do motor do carro de Kátia Vargas e o momento que o Kia, dirigido por ela, bate na moto. "Olhei pela janela do carro, pude presenciar o momento em que a moto arremessou as vítimas no poste", afirma.


Ao ser questionado pelo promotor Luciano Assis, Filipe disse que não tinha nenhum outro carro bloqueando a via. De acordo com ele, os corpos dos irmãos bateram no poste na altura da lixeira.


Filipe diz que tentou ajudar as vítimas, mas percebeu que eles já não respiravam.


Denilson Silva Souza


Denilson disse que trabalhava em um evento no hotel Othon quando presenciou o acidente. Ele cita que o barulho do carro chamou sua atenção. No momento, ele alega que achou a forma que o condutor, que ele não viu, dirigia perigosa. "O que me chamou a minha atenção foi o barulho do motor do carro. Aquilo me chamou atenção. Foi muito rápido. O carro veio desenvolvendo a velocidade muito rápido. Sabe quando o leão vai agora pegar a presa naqueles documentários? Foi essa a impressão que eu tive"


"Quando ela emparelhou com a moto, atingiu a moto de forma brutal". Denilson ainda contou que ligou para a emergência para pedir socorro para as vítimas e em seguida ligou para mãe, relatando ter presenciado um "assassinato".


A localização que Denilson estava no momento do acidente foi questionada pela defesa. Ele inicialmente disse que estava a 40 metros, mas a defesa contestou a informação.


Arivaldo Lima Souza


Arivaldo afirma que estava dirigindo e viu uma discussão entre Emanuel e Kátia, mas depois negou que presenciou a briga. Em seguida, ele alega que a média teria passado na sua frenta e colidido no fundo da moto.


A frente de carro deu um primeiro toque no fundo da moto e, logo depois, usou a lateral para arremessar a moto no poste. Foi bem rápido".


Arivaldo disse que foi procurado pela polícia para depor.


Maria Antônia Souza Palmeira


Maria Antônia diz que estava dirigindo em uma rua paralela à principal quando presenciou a discussão entre o motociclista e a motorista do Kia. O condutor da motocicleta estava gesticulando, como se estivesse brigando, levanta o capacete, mas não vejo o que vem depois porque segui adiante", disse.


Ela disse que não presenciou o carro bater na moto.


Álvaro Lima Freitas Júnior


Álvaro estava fazendo exercícios no momento da ocorrência. Ele disse que viu Emanuel dar um tapa no carro da médica, que arrancou em seguida.


"A partir daí, não tenho a visão do traçado da moto, até ver o desfecho do caso que está sendo julgado aqui. Quando percebi que houve o choque, que o carro havia perdido o controle, corri para ver se dava pra acionar o socorro. Ao me aproximar, vi que a situação era mais grave do que imaginava. A cena era chocante"


Ele disse que viu Emanuel caído próximo ao poste e Emanuelle com parte do corpo na via.


"Eu não posso dizer que houve perseguição, pois seria juízo de valor, mas o carro arranca em velocidade superior à da moto".


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