A polícia do Rio de Janeiro prendeu o traficante de drogas Rogério Avelino da Silva, que, recentemente, aterrorizou a favela da Rocinha. Sozinho, desarmado, enrolado em um cobertor. Rogério Avelino da Silva, conhecido como Rogério 157, ainda tentou disfarçar, dizendo aos policiais que se chamava Marcelo. “Nós reparamos que ele estava tentando mudar a sua aparência”, disse o delegado Gabriel Ferrando.



O traficante mais procurado do Rio emagreceu, a tatuagem no braço quase sumiu e os dentes ficaram bem mais brancos. Mas o chefe do tráfico na Rocinha foi encontrado por um delegado que trabalhou muitos anos na Rocinha. “Ele me reconheceu e se rendeu imediatamente”, afirmou Ferrando.


O traficante foi preso em um lugar improvável. A favela do Parque Arará fica colada ao presídio de Benfica, onde está o ex-governador Sérgio Cabral, junto com outros presos da Lava Jato.


Os investigadores já sabiam que Rogério se escondia em favelas da região, mas só desconfiaram da casa quando viram dois homens fugindo pelo telhado. “Ele disse que sabia que teria uma operação e ele pensou que ninguém fosse lá no Arará”, explicou a delegada Cristiana Bento.



A prisão foi a mais de 30 quilômetros da Rocinha, onde Rogério semeou o terror. Segundo a polícia, ele foi o maior responsável pela guerra na Rocinha nos últimos meses, quando tomou o comando do tráfico naquela que é uma das maiores favelas do Rio.


No momento da prisão, Rogério ofereceu suborno aos policiais. “Ele falou assim: doutor, vocês podiam fazer a sua vida aqui”, disse Ferrando.



Seolfies geram polêmica


Mas os policiais que recusaram o dinheiro não resistiram à tentação da fama. Tiraram várias selfies ao lado do traficante. Sérios, sorridentes, ou muito sorridentes, circularam rapidamente pelas redes sociais. O delegado também se juntou ao grupo e, em uma das fotos, até o preso parece se posicionar diante da lente. “Não aprovo e vão responder na corregedoria”, disse o delegado.



A polícia vai pedir a transferência do traficante para um presídio federal. Ele já tinha sido preso em 2010, mas foi solto em 2012. “Ele tinha que estar preso desde 2010. E por muito mais tempo”, afirmou o secretário de Segurança do Rio, Roberto de Sá.


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