[dropcap]O[/dropcap] número de mortos em um ataque ao luxuoso Hotel Intercontinental de Cabul, na capital do Afeganistão, subiu para ao menos 19 neste domingo (21), segundo o ministério do interior afegão. Um grupo armado invadiu o local na véspera, e incendiou andares do prédio.



Segundo o porta-voz do Ministério de Interior, Nasrat Rahimi, entre as vítimas fatais, 14 eram estrangeiras, de países como Ucrânia, Grécia, Quirguistão e Venezuela. Três dos estrangeiros ainda não foram identificados.


Um cidadão ucraniano foi morto, confirmou um post no Twitter do porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia, Vasyl Kyrylych. A mensagem não identificava a vítima.


Rahimi disse que 11 mortos são funcionários da companhia aérea afegã Kam Air. Uma fonte da companhia aérea disse à agência Efe que a empresa confirmou até agora a morte de dez funcionários estrangeiros, sendo oito ucranianos e dois venezuelanos.


Uma autoridade sênior de segurança afegã, contudo, que falou sob condição de anonimato porque não estava autorizada a conversar com a mídia, disse à Reuters que o número de mortos ultrapassava 30 e que poderia subir ainda mais. Entre os mortos estavam funcionários do hotel e hóspedes, bem como membros das forças de segurança que lutaram contra os atiradores. Outras 10 pessoas ficaram feridas, incluindo seis agentes de segurança e quatro civis.



A situação só foi controlada 12 horas após o ataque. Os invasores foram mortos, segundo Najib Danish, porta-voz do ministério do Interior afegão. "O ataque terminou, todos os assaltantes foram abatidos, mais de 150 pessoas foram resgatadas, incluindo 41 estrangeiros", afirmou o porta-voz.


O Talibã reivindicou a autoria do ataque. "O ataque foi feito por cinco mujahideen dispostos ao martírio", declarou o porta-voz dos talibãs, Zabiullah Mujahid, em comunicado.


O ataque começou por volta das 21 horas de sábado (14h30 em Brasília), e terminou por volta das 9 horas de domingo (2h30 em Brasília).


O porta-voz da polícia de Cabul, Basir Mujahid, diz que um dos insurgentes se sacrificou na entrada do hotel para facilitar a entrada dos companheiros. Outros quatro foram mortos pelas forças de segurança.


O quarto andar do hotel, onde ficam restaurantes e uma piscina, ficou em chamas, segundo um agente da Direção Nacional de Segurança. O porta-voz do Ministério do Interior disse que a cozinha, que fica no terceiro andar, também foi incendiada.


Mais cedo, um hóspede que estava dentro de seu quarto declarou à agência de notícias AFP que podia ouvir os tiros. "Eu não sei se os atiradores estão dentro do hotel, mas consigo ouvir os tiros de algum lugar perto do primeiro andar", afirmou, sem dar seu nome.


"Estamos nos escondendo em nossos quartos. Imploro para as forças de segurança que nos resgatem o quanto antes, para que eles não nos alcancem e nos matem", disse.


O gerente do hotel, Ahmad Haris Nayab, conseguiu fugir e disse que um grupo de hóspedes também conseguiu escapar em meio ao tiroteio.


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