Salah Abdeslam, um dos responsáveis pelos ataques terroristas de 13 de novembro de 2015, em Paris, falou pela primeira vez sobre o massacre. O terrorista, "inimigo número 1" do povo francês, foi interrogado pela sétima vez nesta quinta-feira (28), em Paris, após ter sido escoltado de sua célula de segurança máxima na prisão de Fleury-Mérogis, ao sul da capital, até o tribunal.

O depoimento ocorreu uma semana depois de ele se recuperar de uma apendicite. Até então, ele sempre se recusara a falar sobre o assunto.


Como justificativa para os atentados, Abdeslam disse: "Nós não atacamos vocês porque comem carne, bebem vinho ou ouvem música. Os muçulmanos se defendem de quem os ataca".

Ele também criticou o presidente da França, Emmanuel Macron, "cuja sede de poder e notoriedade o induz a fazer escorrer o sangue dos muçulmanos". "A segurança não reinará no nosso território enquanto isso ocorrer", advertiu.


Ele é o único terrorista dos atentados de 13 de novembro ainda vivo. Os ataques mataram 130 pessoas nos arredores do Stade de France, na casa de shows Bataclan e em bares e restaurantes do centro da capital francesa.

Abdeslam foi preso em 18 de março de 2016, no bairro de Molenbeek, em Bruxelas, e interrogado pela primeira vez em 27 de abril daquele ano, por homicídio de índole terrorista. Ele também enfrenta outros processos na Bélgica, país onde nasceu.
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