A PF (Polícia Federal) concluiu o 1º inquérito policial que apurou o ataque sofrido pelo candidato à Presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro. Segundo Rodrigo Morais Fernandes, delegado regional ao combate organizado em Minas Gerais, a motivação do crime aconteceu por inconformismo político do acusado.

Não restam dúvidas na investigação que o motivo que levou o senhor Adelio [Bispo de Oliveira] a praticar o crime foi inconformismo politico em relação as ideias propagadas pelo candidato Jair Bolsonaro - disse.

O político foi atingido na 5ª feira (6.set.2018) por 1 golpe de faca enquanto cumpria agenda em Juiz de Fora (MG).

Ainda de acordo com o delegado, as imagens analisadas no inquérito mostraram que não houve a participação de outras pessoas no crime. Entretanto, ainda não é possível afirmar que o acusado tenha planejado o atentado sem a ajuda de terceiros.

“Chegamos a conclusão, então, que naquele dia, naquele momento, o senhor Adelio realmente teria agido sozinho”, disse.

As investigações provaram que o acusado teria saído de Florianópolis em direção a Juiz de Fora no dia 19 de agosto. Lá, conseguiu 1 emprego como garçom –função que exerceu durante 4 dias. Ele ficou sabendo da ida de Bolsonaro através da imprensa e, a partir disso, iniciou o planejamento do crime. Em 1 dos celulares de Adelio Bispo, foram encontradas imagens de outdoors do candidato, com as datas em que Bolsonaro teria compromissos na cidade.

Além desse celular, foram apreendidos na pousada que o acusado alugou para ficar cerca de 1 mês outros 3 celulares, 2 tipos de telefones, 1 laptop e diversos documentos.

O 1º inquérito contou com 3 interrogatórios, além de uma audiência de custódia, 40 pessoas entrevistadas em campo, 30 testemunhas ouvidas e duas buscas para apreensões. Os policiais ainda analisaram 2 Terabytes de imagens em computadores e celulares apreendidos, além de 600 documentos e 1.200 fotos.


O 2º INQUÉRITO~

Um 2º inquérito para aprofundar as investigações sobre o ataque ao candidato a Bolsonaro já foi aberto. A investigação é sigilosa e comandada pela PF em Minas Gerais, onde ocorreu o atentado.

A investigação tem prazo de 30 dias, podendo ser prorrogada. Nessa fase, serão analisados dados telefônicos que possam apontar conexões e contatos nos últimos 5 anos, além de 6 mil mensagens trocadas via aplicativos de mensagens. Segundo o delegado Rodrigo Morais Fernandes, extratos bancários e 6 contas de e-mails também serão averiguados.

Na última semana, o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse no STF (Supremo Tribunal Federal) que os 13 candidatos a presidente passarão a ser monitorados 24 horas por dia, via GPS.

Fonte: Poder 360
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