Apesar da manutenção do Jacobina na elite do futebol baiano, o presidente Rafael Damasceno reiterou o desejo de deixar o cargo mais alto do clube. Ele já havia afirmado ao Bahia Notícias que não continuaria na presidência do Jegue da Chapada. Questionado sobre a sua gestão, Damasceno diz que deixa um legado e que continuará ajudando a agremiação. 

“Dever de missão cumprida. Peguei um time que fiz o escudo, criei o mascote do Jegue... Até as cores criei. Pegamos um clube que nem divisão tinha e hoje já são seis anos na primeira divisão. Desde quando pegamos, nunca fomos rebaixados. Deixamos um Jacobina com patrimônio e com as contas em dia. Tenho um legado na minha cidade e isso ninguém vai apagar. As eleições são esse ano, vou apoiar alguém que seja melhor do que eu, para que o trabalho tenha continuidade. Não será entregue a qualquer um. Sou torcedor do Jacobina, não torço para nenhum outro time, então continuarei contribuindo com o crescimento do clube. Nesse momento, encerro um ciclo. Dei o meu melhor e isso ninguém irá apagar”, afirmou ao BN. 

Com as eleições marcadas para dezembro, Damasceno confirmou que não irá renunciar. Porém, irá procurar uma pessoa ‘com calma’, para que dê continuidade ao trabalho. Enquanto isso, segue administrando o clube até o final de 2019. 

 “As eleições são até dezembro, não tem uma data certa. Primeiro passo é fechar as contas, terminar de arrumar o clube. Não tenho pressa, não renunciarei, mas não sairei candidato. Vamos procurar uma pessoa com calma para que tenha o perfil de dar continuidade ao projeto de estruturar o Jacobina”, salientou. 

“A estruturação física será muito importante. Só posso falar de divisão de base depois daí. O presidente que virá será nessa linha, de estruturar o clube. Para depois iniciar a divisão de base”, completou. 

Confiante em uma boa campanha do Jacobina antes do início da competição, Damasceno fez um balanço da campanha do Jegue, se que se livrou do rebaixamento com um gol aos 45 da segunda etapa. Citando os classificados Bahia de Feira, Atlético de Alagoinhas e Vitória da Conquista, o dirigente disse que faltou experiência ao elenco montado para o Estadual. 

“Tínhamos um elenco de muita qualidade. O elenco era novo e talvez isso foi o nosso grande problema. Não tínhamos liderança. O Atlético de Alagoinhas é um time bem experiente. O Bahia de Feira na mesma pegada, e o Conquista mesclou, mas tinha Silvio e Tatu. Nós não tínhamos esses jogadores referência, que a coisa apertou. Nossa qualidade era tão boa que muitos jogadores estão deixando o time”, finalizou. 

O Jacobina encerrou o Campeonato Baiano na 9ª colocação, com oito pontos. Segundo Damasceno, o clube vai analisar se irá participar da Copa Governador, no segundo semestre de 2019. 

Por Gabriel Rios / Bahia Notícias / Foto: Ulisses Gama
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