A Filarmônica 2 de Janeiro, de Jacobina, é mais antiga do que a própria emancipação política da cidade, tem 141 anos de história - Foto: Divulgação

Está com Hino ao Dois de Julho afinado na ponta da língua? Lembra do momento que marca sua história? Está chegando a hora de ver o orgulho desfilar! A Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb), por meio da Coordenação de Música (DIRART) selecionou 10 Bandas Filarmônicas e 3 Grupos de Manifestação da Cultura Popular que irão integrar o Cortejo Dois de Julho, no próximo dia 2. Conheçam um pouco das Filarmônicas Terpsícore de Maragogipe e a 2 de Janeiro de Jacobina. 

Era uma vez, quando Seu Ormindo Acelino de Sousa, convocou alguns dos memoráveis cidadãos de Maragogipe para fundarem uma banda. Não só por entenderem muito bem da técnica, mas por, Seu Teodoro B. da Silva, Seu Conrado Barbosa, Seu Antônio P. de Brito e Seu Manoel Laranjeiras representarem a índole do lugar. Foi no clima de comemoração ao Santo Antônio, em 13 de junho de 1880, que fundaram a Banda Filarmônica Terpsícore Popular de Maragogipe. 

“É muito importante levar nossa filarmônica ao cortejo de Dois de Julho, eu ouço desde criança do desfile das bandas, e é muito gratificante poder fazer parte”, conta Joilson Santana, representante da banda. Em 1957, a Sociedade Filantrópica Recreativa Terpsícore Popular de Maragogipe ganhou um sobrado na Rua Fernando Suerdieck nº 14, e passou a realizar diversas atividades artísticas na cidade. 

A Terpsícore de Maragogipe ostenta diversos títulos campões pelo estado - Foto: Divulgação

Com mais de 50 músicos, que se originam da própria escolinha que atualmente conta com mais de 60 alunos, a Terpsícore ostenta os títulos de Tri Campeã do Estado da Bahia e Tetra Campeã do Festival de Filarmônica do Recôncavo Baiano realizado na cidade de São Félix. 

Para Joílson levar a banda ao cortejo ao Dois de Julho é uma aula de história. “Maragogipe foi palco das lutas de expulsão dos colonos, então ter a Terpsícore integrando o evento é algo bastante importante, pois ressalta um momento histórico de nossa Bahia”, afirma orgulhoso. 

Mais antiga que a própria cidade 

A Filarmônica 2 de Janeiro de Jacobina tem algo de muito peculiar, pois existe antes mesmo da emancipação política do município (Conheça a história de Jacobina). A cidade de Jacobina tem 138 anos, e a Banda possui 141 de atividades ininterruptas. Participando pelo seu quarto ano do Cortejo Dois de Julho, a Banda tem 43 músicos na banda principal, além de uma escola com 78 alunos numa faixa etária de 13 anos de idade.


“Temos muitos músicos jovens, entre crianças e adolescentes, que estão indo conhecer a capital em seu primeiro desfile”, explica o maestro Celso Santos. “A expectativa é grande, por isso eles treinam bastante, sem contar a emoção de participar de algo que leva o significado de ser baiano”, comenta Celso.

A 2 de janeiro sagrou-se como campeã em 2013 no grupo B em São Félix, no Recôncavo baiano, e na edição de 2015/2016 dividiu o título de campeã no grupo A com a Terpsícore. Com o retorno das duas bandas para este cortejo, Celso revela a emoção do desfile. “É um momento que marca a vida do baiano, não é somente por ser um feriado, mas pelo sentimento que é comum em qualquer lugar deste estado”, enfatiza o maestro. (Ascom Funceb - Fundação Cultural do Estado da Bahia)

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