Como costumamos dizer, "o ano só começa depois do carnaval", e com ele, começam também as nossas lutas por um salário melhor, por uma barriga menor ou um amor maior. Você já parou para analisar que vencer a si mesmo é muito mais complicado do que vencer um oponente?

Seja numa competição esportiva, em uma empresa de cargo comissionado ou em uma simples brincadeira de fim de semana, o confronto com outras pessoas acontece esporadicamente. Por outro lado, vivemos digladiando com nossos pensamentos 24 horas por dia, todos os dias da semana.

Como é difícil cumprir aquela promessa de guardar uma parte do salário na poupança! Esquecer alguém que não nos quer mais, então, parece ser uma tarefa impossível! Usar menos as redes sociais, concluir um livro que já está enrolando há semanas, reduzir o uso de álcool ou acabar de vez com esse ou qualquer outro tipo de vício, abandonar velhos hábitos. Nosso corpo e nossa mente parecem ter sido construídos para se desafiarem o tempo inteiro. Há ações em que a cabeça até sabe que o correto é seguir pelo caminho da razão, porém, teimosamente nosso corpo logo percorre em direção a tão atraente estrada da emoção.

Enquanto alguns colocam o pé direito no ano novo, cheios de esperança de ficarem ricos, comprar o carro do ano, concluir a mansão ou ser sócio daquela conceituada empresa, outros só querem mesmo encontrar um ponto de equilíbrio entre a mente e o corpo. Vencer seu psicológico que insiste em acreditar naquela pessoa que lhe diz que você não é capaz, que você está abaixo dos padrões de beleza exigidos pela sociedade ou que não é preparado(a) suficientemente para assumir um cargo mais alto na empresa.

Já analisou o quanto você se sabota para evitar algo que sabe que é difícil deixar? Não ir à balada para não beber e porque não conseguiria se divertir sem beber, não ir ao shopping por não conseguir ficar sem comprar e pelo mesmo motivo cancela todos os cartões de crédito, sair das redes sociais porque não consegue ficar sem olhar o perfil de alguém que acabou de romper um relacionamento ou tantas outras privações radicais por não conseguir impor limites à si próprio. 

Óbvio que há aquele grupo de pessoas que não irá se ver em nenhuma das situações acima, por seguir um rigoroso controle de suas ações, porém seu conflito interno percorre sobre a cobrança constante por resultados cada vez mais próximos da perfeição. Exigências estas que, faz com que os portadores dessa característica se questionem o tempo inteiro sobre a assertividade das decisões que precisará tomar ou das que já tomou.

Contudo, seja você uma pessoa insatisfeita com suas atitudes que vão de encontro ao que seria correto ou com seu exagero em querer ser perfeccionista, o que vale mesmo é continuar buscando estar bem consigo mesma. E enquanto essa luta interna para vencer a si mesmo estiver te preparando para um futuro de conquistas, estarás no caminho certo. O que não vale é se acomodar na situação atual e se tornar uma pessoa frustrada. Então, bons e saudáveis conflitos internos para você e seja um campeão ou uma campeã de si mesmo (a)! 

Por Igor Fagner - Jacobina Notícias
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