O secretário de Saúde de Salvador, Léo Prates, afirmou em entrevista ao Jornal da Manhã desta segunda-feira (1º) que pandemia do coronavírus, além das consequências próprias, atrapalha o combate à dengue, chikungunya e zika. Isso porque os funcionários da prefeitura não podem entrar em casas habitadas para fazer o trabalho de prevenção.

Em 2020, foram notificados na capital baiana 4.332 casos de dengue, 2.914 de chikungunya e 449 ocorrências de zika.

“É preciso que a população colabore. Esse avanço se deve, especialmente, à convivência dessas duas doenças que são, vamos dizer, incompatíveis. O coronavírus requer isolamento social, as pessoas ficarem em casa. Os agentes não estão podendo entrar em casas habitadas, para não ser vetor de contaminação para aquelas pessoas e não serem contaminados. Mais de 80% dos focos estão dentro de residências habitadas. Precisamos da colaboração da população”, disse Léo Prates.

O secretário afirmou que Salvador fez uma parceria com o governo do estado, para ações de aplicação de inseticida nos bairros. Agentes de saúde seguem com visitas para exterminar as larvas e pontos de reprodução do Aedes Aegypti.

Segundo Léo Prates, a Secretaria Municipal de Saúde tem acompanhado a evolução da doença em diferentes pontos da cidade. Na semana passada, o carro com inseticida foi utilizado na região do Bairro da Paz.

“Estamos acompanhando os números. A Secretaria de Saúde divide a cidade em 12 áreas, que chamamos de distritos sanitários. Esses distritos são responsáveis pelo levantamento dos dados. Tecnicamente agimos nas principais áreas. Continuamos com a operação de agentes e, quando percebemos um aumento considerável de casos em determinada região, prontamente o controle de zoonoses atua para combater o mosquito. Precisamos da colaboração da população, já que não podemos entrar em casas habitadas”, reforçou.

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