A jacobinense Ludmilla Mota foi uma das voluntárias na pesquisa da vacina da Oxford. Pós-graduada em terapia intensiva e emergência através da residência HGRS/SESAB, ela é fisioterapeuta no Hospital do Subúrbio, em Salvador. E o Jacobina Notícias bateu um papo com essa profissional, que aceitou participar dessa experiência que pode salvar milhões de vidas no mundo. 

Como é estar na linha de frente do combate ao coronavírus? 

É um crescimento pessoal e profissional, além de um retorno a sociedade dos conhecimentos que adquiri.

Qual a importância da Fisioterapia no tratamento da covid-19?

O Fisioterapeuta tem papel essencial na evolução desses pacientes. Nós atuamos na manutenção da adequada função respiratória, no manejo da ventilação mecânica, com a finalidade de garantir uma adequada oxigenação. Além disso, estes pacientes fazem uso de medicações, de ventilação mecânica além do internamento prolongado. Todos esses fatores contribuem para redução de força muscular, que irá impactar na inserção social deste indivíduo fora do ambiente hospitalar, seja na realização de atividades de vida diária, no trabalho e lazer. Isso impacta na qualidade de vida pós internamento. Então o Fisioterapeuta começa atuando na prevenção e recuperação da força muscular já durante o internamento em UTI.

Como você se sente participando dessa pesquisa da vacina da Oxford?

Estar participando do processo da pesquisa da vacina para a Covid-19 tornou-se para mim, mais uma forma de luta profissional para o enfrentamento do novo Coronavírus. Ser instrumento de pesquisa é, sem sombra de dúvida, esperança para todos nós, pois aguardamos ansiosamente por uma vacina eficaz. E, contribuir para a ciência é um compromisso que estabeleci quando me tornei Profissional de Saúde. 

A jacobinense ressalta ainda que o Protocolo da Pesquisa se divide em dois grupos, sendo um com a vacina do Covid-19 e outro da Meningite. Todos serão acompanhados com exames de sangue, durante o período de doze meses para análise de pesquisa.

Nós mostramos aqui no Jacobina Notícias na semana passada, que a médica Cilmara Melo, da Clínica Humana, também faz parte dessa pesquisa. Ao todo, cerca de 2 mil pessoas na Bahia foram selecionadas para fazer parte do processo. Em São Paulo há mais um grupo de 2 mil voluntários e mil no Rio de Janeiro. No mundo inteiro são cerca de 50 mil. Ainda está sendo estudado o protocolo, mas cientistas acreditam que o efeito deve ser reforçado com uma segunda dose. 

Por Igor Fagner / Jacobina Notícias - Conectando você com o mundo
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