A partir desta segunda-feira (5), começa oficialmente o cadastro de informações de clientes interessados em usar o PIX, o novo meio de pagamentos e transferências desenvolvido pelo Banco Central para facilitar as transações financeiras.


Embora os grandes bancos e muitas instituições financeiras já tenham iniciado a divulgação do novo serviço e já tenham aberto um pré-cadastramento, é a partir desta semana que começa o cadastro das chamadas “chave PIX”.


“Mesmo tendo feito esse processo, a partir de 5 de outubro, os bancos terão de confirmar com os usuários o efetivo cadastramento das chaves no PIX”, informa a Federação Brasileira de Bancos (Febraban).


A “chave PIX” é uma espécie de “apelido” para identificar cada conta no sistema. O cliente poderá cadastrar como chave um número de celular, um email ou o CPF ou CNPJ.


É importante destacar, porém, que a adesão ao novo serviço será opcional e que não é obrigatório cadastrar uma chave para fazer ou receber um PIX.

Segundo a Febraban, a “chave PIX” permitirá, porém, que as transações sejam feitas de maneira mais simples e ágil . “Caso o usuário queira usar o sistema de pagamento instantâneo, sem a chave PIX, será preciso digitar todos os dados bancários do destinatário para realizar uma transação”, explica.


Segundo o Banco Central, 644 instituições já estão prontas para iniciar o cadastro das chaves a partir desta segunda. “Dentre as instituição aprovadas, há uma multiplicidade de agentes, entre bancos, cooperativas, instituições de pagamentos, fintechs, financeiras, entre outros”, informou o BC.


Transações a qualquer hora, em até 10 segundos

A expectativa do mercado é que o sistema seja o grande substituto de DOCs e TEDs, por ser gratuito e estar disponível a qualquer hora, sete dias por semana. A quantia cairá instantaneamente.


A previsão é que a maioria das transações seja aprovada e finalizada em até 10 segundos. Segundo a Febraban, a ideia é que a operação seja tão rápido e simples quanto abrir a carteira para pegar dinheiro.


“As pessoas vão começar a entender um pouco mais do PIX na prática. Mas não precisar sair correndo para fazer o cadastro. Os outros meios de pagamento continuarão disponibilizados, não muda absolutamente nada do dia a dia. Aos poucos, essa movimentação vai se natural, agora tem um enorme potencial de uso”, afirma Leandro Vilain, diretor executivo de inovação, produtos e serviços bancários da Febraban, citando a expectativa de maior inclusão bancária, redução do volume de transações feitas em espécie e diminuição do custo de logística de distribuição de dinheiro.


O serviço propriamente dito será ativado no dia 16 de novembro em todo o país, mas a partir do dia 3 de novembro o PIX começará a ser disponibilizado já para alguns clientes selecionados para uma fase de testes.


Como cadastrar a ‘Chave PIX’?

Para usar o serviço, bastará ter uma conta corrente, conta poupança ou uma carteira digital de uma instituição financeira com cadastro no PIX. A opção estará dentro do aplicativo bancário e no internet banking do cliente, assim como já estão outras funcionalidades, como DOC e TED.


Com o cadastro de uma “chave PIX”, as transferências poderão ser realizadas de maneira mais ágil. Isso porque vinculará as informações básicas do usuário aos dados completos que identificam a conta do cliente.


Os quatro tipos de chaves Pix que poderão ser usadas e cadastradas são:


Número de CPF/CNPJ;

Endereço de e-mail;

Número do telefone celular

EVP (sequência alfanumérica de 32 dígitos que, após solicitação do cliente ao seu banco, será enviada pelo Banco Central à instituição, e com ela será possível criar um QR Code, sem necessidade de ter que informar o CPF, telefone ou email para um desconhecido).


A Febraban explica, porém, que não será possível vincular uma mesma chave para mais de uma de uma instituição financeira. Ou seja, se no banco A, o cliente cadastrar um email, no banco B terá que cadastrar um outro email ou então o número de celular ou CPF.


Com o cadastro, bastará informar a “chave PIX” para um contato para receber uma transferência. Com apenas essa chave, os dados do destinatário aparecerão automaticamente na hora de realizar a transação, permitindo que o usuário confira a identificação da conta que irá receber o pagamento antes de confirmar a operação.


Vale lembrar que, independente do cadastro da chave PIX, o sistema vai permitir receber ou enviar um PIX usando o canal de inserção manual. Nessa situação, será necessário informar os dados de banco, agência, conta, CPF e nome do favorecido, de forma semelhante como hoje são feitas as TEDs.


Uso de QR Code

As transações pelo PIX poderão ser feitas também por meio de QR Code, o que permitirá que o cliente tanto efetue um pagamento no comércio ou gere um código próprio para receber uma transferência, podendo inclusive já definir o valor do depósito.


O QR Code possuirá dois formatos no PIX:


Estático: que poderá ser utilizado para transferências ou compras no comércio, quando as informações para pagamentos tem preço fixo (Exemplo: vendedor de água de coco)

Dinâmico: que poderá ser utilizado quando as informações para pagamentos muda (Exemplo: supermercado, quando o valor de cada compra é diferente)


Segurança

Apesar do PIX já estar sendo usado por golpistas, a Febraban afirma que os bancos investem continuamente em segurança, que o sistema permite uma maior rastreabilidade e que o PIX será tão seguro quanto o TED ou DOC.


“O envio do PIX vai ser sempre dentro do aplicativo do banco, seja na internet, seja no celular. Quando você está dentro, você já entrou utilizando sua a senha ou biometria, então está num ambiente seguro, criptografado”, afirma Vilain.


G1

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