O prefeito eleito de Salvador, Bruno Reis, tem um acordo verbal com o governador de São Paulo, João Doria, para obter doses da CoronaVac, vacina contra a Covid-19 produzida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan (SP). 

O que precisamos em Salvador? Tem 103 mil profissionais da área de saúde, sejam da rede pública ou privada. Já formalizamos ao instituto butantan, logo depois da eleição, um ofício encaminhando o desejo de receber essas doses. Eu, por telefone falei com o governador João Dória, que me ligou para me parabenizar pelo resutlado, e naquela ocasião demonstrei e deixei claro o desejo de Salvador de adquirir as vacinas. Inclusive pedindo a ele que a gente pudesse sair na frente, tendo em vista que ele é baiano, que ele tem vínculos aqui, todo ano está com a gente, e ele me garantiu que assim o faria, afirmou o prefeito eleito.

 

Ele ressaltou, porém, que o número ideal para o plano municipal de imunização seria de 380 mil doses "de largada".

Porque isso permitiria imunizar logo o público de maior risco, que são as pessoas acima de 60 anos, destacou.

A aquisição dessas doses, contudo, dependeria do valor e da forma de pagamento, segundo Bruno Reis. 

Durante a coletiva, o prefeito eleito também comentou sobre como estão as conversas entre Salvador e as empresas que produzem imunizantes contra o novo coronavírus. Atualmente, a capital baiana mantém contato com a Moderna e a Johnson, pois a Pfizer/BioNTech, que está sendo aplicada na Europa, disse que não conseguiria disponibilizar doses ainda no final de 2020 ou no começo de 2021.  

Temos uma conversa avançada.  Volto a dizer, não temos preconceito em relação a vacina de onde seja sua origem. Se é da Rússia, da China, de onde for. O que importa é que tenha um reconhecimento dos órgãos de controle e tenha eficácia, seja capaz de imunizar a população, relatou.

O problema, porém, é justamente ter a vacina, pois Salvador não tem condições de comprar o volume que precisa ser adquirido para viabilizar uma logística de entrega. Por isso, Bruno Reis comentou que está procurando fazer acordos com outros municípios, de dentro e fora da Bahia, para comprar as 6 milhões de doses necessárias. 

Estou tentando uma audiência com o ministro da Saúde. E também, muito provavelmente em janeiro, vou solicitar audiência com o presidente da República. O ideal é que o governo federal pudesse comprar, pois tem uma realidade diferente da nossa, orçamentária e financeira, ponderou. 

Ele ainda garantiu que a logística e a distribuição não serão problema. 

Já temos exemplos no Brasil, de drive thru, que foi um sucesso. Podemos fazer delivery para pessoas que têm idade mais avançada e não podem se locomover para as unidades de saúde. Temos capilaridade lá na ponta para fazer a vacinação, concluiu. 

 

Fonte: Bahia Notícias

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