Salvador perdeu a posição de cidade com maior produto interno bruto (PIB) do Nordeste, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a entidade, a capital baiana foi ultrapassada por Fortaleza (CE) e perde a liderança pela primeira desde 2002, quando a série histórico foi iniciada.

Os dados, relativos a 2018, apontam que Salvador registrou R$ 63,5 bilhões de riqueza gerada, enquanto Fortaleza gerou R$ 67 bilhões. Em nível nacional, Salvador caiu da 9ª para a 10ª posição no ranking dos PIBs de municípios.

Ainda de acordo com o IBGE, a perda da posição se explica por causa da retração da indústria na capital, com a queda de participação do setor de serviços soteropolitanos na Bahia, no Nordeste e no país. Apesar disso, Salvador se manteve como o maior PIB da Bahia, seguida por Camaçari (R$ 23,8 bilhões) e Feira de Santana (R$ 14,7 bilhões). O PIB de Salvador é maior que a riqueza somada de 86,1% dos municípios baianos.

O PIB dos Municípios é elaborado pelo IBGE em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, as Secretarias Estaduais de Governo e a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa). Na Bahia, o trabalho é feito em conjunto com a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais (SEI).

Destaques do PIB na Bahia

As cidades de São Desidério (R$ 2,5 bilhões) e Formosa do Rio Preto (R$ 1,8 bilhão) tiveram os maiores valores do setor agropecuário em 2018, com destaques para o algodão e a soja.

Além disso, quase três em cada 10 cidades baianas tiveram a administração pública representando mais da metade do produto interno bruto: 109 cidades das 417, ou 26,1% do total.

De uma forma geral, a capital baiana teve a 8ª maior perda de participação no PIB nacional, de 0,95% em 2017 para 0,91% em 2018. São Paulo liderou esse movimento, caindo de uma participação de 10,61% em 2017 para 10,20% em 2018.

Dentre os 10 municípios com maiores PIBs no país, apenas Osasco/SP (R$ 76,6 bilhões) não é uma capital. O município de São Paulo tem historicamente o maior valor, que foi de R$ 714,7 bilhões em 2018, representando 10,2% do PIB brasileiro, e mais de 11 vezes o PIB soteropolitano.

Fonte: G1

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