Os estudantes do curso de Medicina da Faculdade Ages de Jacobina realizam um protesto na manhã desta segunda-feira (30), no campus da universidade. Ao Jacobina Notícias, um dos estudantes disse que o ato, que ocorre de maneira pacífica, tem a finalidade de cobrar melhorias no campo de prática – nas condições estruturais das unidades de saúde da cidade para que o aluno possa desenvolver o que aprendeu – e o retorno às aulas. 

"A manifestação hoje é em decorrência de uma série de conversas coma  faculdade para melhorar o campo de prática. Nós temos um fundo aqui do Coapes, que gira em torno de R$ 3 a R$ 4 milhões acumulados – porque 10% das mensalidades tem que ir para investimentos no município. Só que, assim, não está acontecendo, eles priorizaram a construção de um CAPS e a gente não tem estrutura no Hospital Antônio Teixeira Sobrinho, no Regional, não tem estrutura nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), que estão precárias para receber os estudantes para o atendimento coletivo", disse um aluno ao Jacobina Notícias.

Os futuros médicos também reclamam da falta de diálogo entre a Faculdade Ages e a Prefeitura de Jacobina, no sentido de resolver o problema que afeta principalmente a população. "Os alunos estão indo para as UBS em horários alternados para ver se consegue, mas mesmo assim está difícil. A instituição não está dialogando corretamente com a prefeitura. E o pior de tudo, é que estão maquiando isso com o MEC (Ministério da Educação), porque a gente não tem acesso ao MEC. Pessoal (do MEC) vem, faz a visita e eles (...) agora mesmo, foram (direção da Ages) para Senhor do Bonfim receber representantes do MEC, mas não vieram aqui em Jacobina. Então, o pessoal acaba não tendo essa transparência conosco. Portanto, enquanto estudante, a gente paralisou as atividades até ter uma resolução nesse sentido", criticou.

"A gente fez uma manifestação aqui, o diretor não está aqui na unidade. O vice-coordenador do curso não apareceu também, não dialogou com os estudantes. Nós vamos ao Antônio Teixeira Sobrinho, tentar mostrar essa paralização de forma pacífica, mas que chame atenção da comunidade, da população, que cobre também da prefeitura e da instituição (Ages), porque eles são os maiores beneficiados. O intuito da Faculdade de Medicina em Jacobina é beneficiar a região, beneficiar a comunidade", conclui.

O Jacobina Notícias tentou manter contato com a Faculdade Ages para mostrar o posicionamento da instituição, porém, até a publicação da reportagem, não havia conseguido.

Por Robson Guedes / Jacobina Notícias

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