O governo do estado de São Paulo informou que foram aplicadas 4 milhões de doses dos lotes da Coronavac que foram interditados neste sábado (4) pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). 

De acordo com informações da Folha de S. Paulo, o número corresponde a cerca de 19% das 21 milhões das aplicações feitas no estado.

A Anvisa anunciou a interdição de 25 lotes com um total de 12 milhões de doses após constatar que o envasamento foi realizado em uma fábrica da empresa chinesa Sinovac que não passou por inspeção e, portanto, não foi aprovada na avaliação de uso emergencial da Coronavac. Com a medida, fica proibido o uso e distribuição do imunizante pelo período de 90 dias.

Em nota, a Secretaria de Saúde de SP afirmou que "tem convicção da segurança e eficácia da Coronavac e, prezando por critérios técnicos, acompanhará a deliberação da Anvisa com relação aos lotes indicados pela Agência". Segundo o jornal, a pasta informou ainda que até então não foram constatadas intercorrências relacionadas ao uso da vacina.

"O Estado aguardará parecer das autoridades sanitárias para proceder com a distribuição de 1,5 milhão de doses da Coronavac entregues a São Paulo ontem. A pasta estadual trabalha em sintonia com o Instituto Butantan e tem convicção na liberação das doses para a aplicação na população", diz o comunicado oficial.

A Anvisa informou que recebeu a informação sobre o envasamento na unidade fabril da Sinovac do Instituto Butantan na noite de sexta-feira (3). "Quando se compra um automóvel da marca X, geralmente não se liga muito em saber em qual cidade ele foi fabricado. Para as vacinas não é assim. Precisamos ter a certificação do local exato em que foi fabricado, sem nenhum tipo de flexibilidade", explicou o presidente da agência, ao jornal.

O Butantan, por sua vez, minimizou a gravidade do caso e afirmou que a interdição não deve causar alarmismo. "Foi o próprio instituto que, por compromisso com a transparência e por extrema precaução, comunicou o fato à agência, após atestar a qualidade das doses recebidas. Isso garante que os imunizantes são seguros para a população", disse o instituto, por meio de nota.

Fonte: Bahia Notícias

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