As negociações entre a Ucrânia e a Rússia têm dados “passos positivos” no 17º dia de guerra entre os dois países. A declaração foi dada pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em entrevista coletiva neste sábado (12/3). Ele disse “estar feliz” durante o pronunciamento.

“A Federação Russa nos deu ultimatos desde o início, que não aceitamos”, explicou. “Agora eles começam a falar sobre algo, não apenas lançando ultimatos. É um enfoque fundamentalmente diferente”, completou.

Zelensky não deixou claro quando ocorreram as últimas negociações. No entanto, o presidente russo, Vladimir Putin, já afirmou que as tratativas acontecem “quase diariamente”. Representantes dos dois país encontraram-se presencialmente em quatro ocasiões.

O último encontro entre os dois países, realizado na última quinta-feira (10/3), não terminou bem. Os chefes da diplomacia russa, Sergey Lavrov, e ucraniana, Dmytro Kuleba, saíram da reunião sem um consenso.

Lavrov reclamou do fornecimento de armas de países do Ocidente para a Ucrânia. Kuleba acusou a Rússia de planejar o ataque ao país e de dificultar as negociações e o socorro aos feridos.

Ainda neste sábado, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, informou que as reuniões seguirão ocorrendo por videoconferência, mas não deu mais detalhes.

Em sua declaração, o presidente ucraniano divulgou que no mínimo 1,3 mil soldados ucranianos morreram desde o início das invasões russas. Este é o primeiro saldo divulgado pela Ucrânia até agora. Já a Rússia “sofreu muito mais baixas”.

Zelensky também pediu aos líderes da França e da Alemanha — Emmanuel Macron e Olaf Scholz, respectivamente ─ para que auxiliassem na libertação do prefeito Melitopol. Ivan Fedorov foi capturado nessa sexta-feira (11/3).

Também neste sábado (12/3), Macron e Scholtz conversaram por telefone com Putin. Em nota, o Kremlin não mencionou um cessar-fogo, e diz que o presidente russo acusou os soldados ucranianos de “violações flagrantes” dos direitos humanos durante a conversa.

Putin ressaltou que as forças ucranianas faziam uso de “assassinatos extrajudiciais de opositores”, “tomada de reféns civis” e seu “uso como escudo humano”, bem como a “distribuição de armas pesadas em áreas residenciais, perto de hospitais, escolas e creches”. Não há notas oficiais da França e Alemanha.

Fonte: Metrópoles

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