Foi preso, no interior de um motel na Avenida Eduardo Fróes da Mota, em Feira de Santana, por volta das 18h15 de domingo (21), o proprietário de uma loja de celulares Fernando Alves Sousa Coelho. Ele foi preso pela guarnição Peto da 66ª Companhia Independente de Polícia Militar (66ª CIPM) sob o Comando do soldado Príncipe Rangel.

Segundo a polícia, a recepcionista de 34 anos estava sendo chantageada pelo acusado após entregar um celular e ter dado entrada em um celular novo. O dono da loja se comprometeu em apagar todos os arquivos de forma definitiva, porém ele encontrou fotos da cliente nua, e de acordo com ela, ele passou a chantageá-la ameaçando divulgar as fotos íntimas.

“No dia 13 de outubro eu fui na loja dele para trocar meu celular. Dar entrada com o meu aparelho e pegar um novo. Eu apaguei todos os arquivos e ele disse que também ia resetar o telefone. Mas, ele conseguiu recuperar fotos minhas que estavam no aparelho, nudes e fotos íntimas. Então ele recuperou todas as minhas fotos e começou a fazer chantagem. Dizendo que se eu não saísse com ele e não tivesse o ato sexual ele não apagaria. Ia postar minhas fotos em grupos e redes sociais”, afirmou.

A vítima contou que conhecia Fernando de festas e quando soube que ele estava com a promoção do celular em sua loja foi procurá-lo no intuito de adquirir o produto novo. Depois do dia 13 de outubro Fernando passou a ameaçá-la diariamente com mensagens via WhatsApp dizendo que caso ela não se encontrasse com ele, espalharia todas as fotos pela internet.


A vítima então procurou o advogado Péricles Novais Filho que a orientou a prestar uma queixa na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam). A vítima prestou a queixa e relatou que ontem Fernando lhe fez ameaças muito graves. Ele disse que se ela não fosse com ele para o motel ou para a sua casa, ele faria a divulgação das fotos íntimas. Ela então foi para o motel, em um momento de desatenção de Fernando ligou para a polícia e ele foi preso e autuado em flagrante.

“Eu fui para o motel na tentativa de convencê-lo a apagar minhas fotos. Ele não apagou e tentou me agarrar a força. Eu comecei a tremer e fiquei muito nervosa. Aí ele disse para eu relaxar um pouco. Nesse momento eu saí e liguei duas vezes para o 190. Na segunda vez fui atendida. Liguei também para meu advogado. Quando a polícia chegou ele foi preso”, declarou em entrevista ao Acorda Cidade.

A vítima que tem uma filha de 15 anos, informou que Fernando o tempo todo em suas ameaças dizia que ia mostrar as fotos para a adolescente, bem como para outros familiares. No momento que a polícia chegou ao motel e efetuou a prisão, ele ainda tentou conversar com a recepcionista. Pediu que ela não representasse a queixa, esquecesse tudo e aceitasse a quantia de R$1900.

“Eu não quis retirar a queixa e não quero que ele faça isso com mais ninguém”, comentou.

O advogado Péricles Novais Filho afirmou em entrevista ao Acorda Cidade que ao saber que ela estava no motel tentando reaver as suas fotos que estavam em posse de Fernando a orientou a ligar para a polícia.

De acordo com ele, ocorreu o crime de estupro mediante grave ameaça e coação.

“Possa ser que o juiz venha a arbitrar a fiança ou a liberdade provisória para ele. Quero parabenizar ao Peto 66 pela condução em todo o processo bem como a Deam pelo cuidado que tem com as questões inerentes as mulheres. A vítima requeriu a medida protetiva de urgência porque teme que em liberdade ele haja com retaliação contra ela. A justiça vai tomar as medidas necessárias e analisar bem o caso. Eu vou atuar na condição de assistente do Ministério Público (MP) na audiência de custódia e solicitar ao juiz que seja homologado o flagrante e a prisão preventiva”, acrescentou.



O advogado do empresário, Rosimáro Carvalho, disse ao Acorda Cidade que houve um flagrante armado e que a recepcionista não tem como comprovar que o acusado a forçou a ter relações sexuais com ele.

Ficou constatado que foi um flagrante preparado. As frases colocadas deixam a entender que houve fato preparado para que o empresário Fernando Alves fosse ao motel e lá fosse surpreendido pelo flagrante, pelos policiais militares. Ele sentiu que ela estava armando encaminhando aquela mensagem e o convidando para o motel. A via jurídica vai ser analisada pela autoridade judicial que quando verificar os autos de imediato vai conceder a liberdade para que ele possa explicar no mérito da questão a sua inocência.

Ele alegou que recebeu o convite e neste convite ela o convidava para o motel e lá após o banho ele foi surpreendido pela PM que entrou no ambiente e efetuou a prisão. O que ela alega (sobre prática de sexo forçado) não temos como provar, mas o que foi dito lá e confirmado por ela mesmo é que ela já teve um romance com ele, e que naquele dia ela o convida para ir ao motel, ele cedeu aos encantos e caiu na chamada arapuca. As mensagens divulgadas no WhatsApp foram analisadas, mas só após uma perícia para verificar se as fotos foram vazadas com intuito de prejudicar meu cliente”, informou.

Acorda Cidade
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